Taboão da Serra: Parque das Hortênsias recebeu 10ª edição da “Feijoada do Ogum”
Além da tradicional comida, houve feirinha Afro, show ao vivo e espaço kids
Aconteceu no último sábado, 16/10, a 10ª edição da ‘Feijoada do Ogum’, no Parque das Hortênsias. O evento foi realizado pelo projeto cultural Feijoada do Ogum com os apoios da TaboAfro e da Prefeitura de Taboão da Serra, através da Secretaria de Cultura e Turismo. Durante a entrada foram arrecadadas mais de meia tonelada de alimentos que serão destinados ao projeto Becos e Vielas, localizado no Jardim Trianon.
Durante o evento houve show ao vivo, espaço kids, feirinha afro e barracas de doces. A tradicional feijoada, servida com arroz, couve e farofa, admirou a todos com a qualidade e sabor, sendo vendidos mais de 800 pratos. No total, passaram cerca de 1200 pessoas durante as seis horas de evento.
O secretário de Cultura, Binho declarou sobre a retomada gradual de eventos para o público. “Este foi o primeiro evento teste realizado dentro do Parque das Hortênsias. O encontro foi bem positivo e quem participou teve uma prévia do que está por vir. Logo mais reabriremos o parque para visitação e retomaremos todos os eventos seguindo os protocolos”, ressaltou.
Os pilares do Projeto Cultural Feijoada do Ogum são as ações de combate ao racismo e à intolerância religiosa, com o intuito de informar para conscientizar a população sobre o racismo estrutural e as religiões de matriz africana, um problema presente na sociedade pela falta de informação e de acesso à cultura.
Já o secretário adjunto da Cultura, Pai Joel de Xangô declarou sobre a importância do contato com as matrizes africanas. “Estivemos aqui no Parque das Hortênsias para empoderar a população dos povos tradicionais de matrizes africana e tentar desconstruir todo e qualquer tipo de preconceito contra a Feijoada do Ogum”, explicou.
Aline Pereira, presidente do Coletivo TaboAfro, ressaltou o papel do encontro para combater o racismo e intolerância religiosa. “A Feijoada do Ogum já está no décimo ano, uma feira resistente, queremos que as pessoas entendam a nossa religião e a nossa crença. Nossa luta é por resistência, menos preconceito, queremos que as pessoas entendam o que é umbanda e candomblé, sem preconceitos”, explicou.